segunda-feira, 9 de maio de 2011

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL


Mudança
Cíntia Peixoto

Muitas vezes nós passamos por situações na vida e no trabalho, que vêm carregadas do elemento mudança, transformação, revisão de nossas ações. Não é fácil lidar com situações que exigem de nós uma ação totalmente diferente do nosso dia-a-dia. Diante de tais situações, nos perguntamos: O que fazer? Como devo agir? Eu não sei fazer diferente, e agora? Será que estou disposto a fazer algo de forma diferente?

Todos esses questionamentos têm por objetivo nos mostrar como posicionarmos diante do momento da mudança. Nossas reações são determinantes para uma escolha de uma ação específica. Devemos lembrar que toda escolha implica, no mínimo, em uma perda e em um ganho. Mas nem sempre, quando escolhemos uma ação não sabemos quais são as perdas e os ganhos. Por isso, faz-se necessário aguçarmos mais a nossa percepção para enxergarmos o resultado para a situação exigida e para nós mesmo. Quando assumimos uma postura mais madura, geralmente, percebemos muitos ganhos com a mudança, pois nela está intrínseco o aprendizado, que por si só já é um acréscimo em nossa experiência de vida, seja pessoal e/ou profissional. Infelizmente, nem sempre optamos por termos uma postura madura e caímos num círculo vicioso de resistência ao novo, na prática da crítica destrutiva, e mais fixados nas perdas, simplesmente pelo apego ao comodismo.

Os conflitos que podem ser gerados pela necessidade de mudança são, até certo ponto, esperados. Sair dos padrões das ações requer uma revisão interna dos modelos mentais, de tal forma que, pode sim gerar no interior do indivíduo uma insegurança do que está por vir, do novo, do desconhecido. Se todos nós refletirmos bem, perceberemos que toda nossa vida é uma dinâmica de sucessivas mudanças, desde o momento de nosso nascimento até o presente.

A ADAPTABILIDADE e a FLEXIBILIDADE são capacidades que devemos desenvolver como um instrumento eficiente para passarmos pelo processo de mudança sem muitas perdas e com muitos ganhos. Tive uma professora na universidade, da área de competências, que disse que considera estas duas capacidades como as competências comportamentais mais importante do século 21.

Vale lembrar que o processo de mudança traz uma revolução somente no momento em que está ocorrendo, depois que aprendemos com ela e nos adaptamos a um novo cenário e às novas ações, devemos manter preparados, pois tão logo, o que era novo se torna velho e novos desafios surgirão trazendo outras novas transformações, e assim sucessivamente.

Como tudo pode e deve ser cíclico, convoco a todos a desenvolvermos as competências comportamentais, como a capacidade de adaptabilidade e flexibilidade, já. Assim as mudanças sempre nos trarão mais ganhos.

2 comentários:

  1. Olá, Cintia?!

    Eu comentei numa discussão no linkedin que aborda a atitude das pessoas diante de uma implantação de ISO e eu tinha falado algo do gênero... Muito bom texto!!!

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  2. Tudo bem? Acabo de visitar seu blog sobre pessoas da gestão, em especial seu artigo sobre comportamento organizacional. Concordo que a capacidade de adaptabilidade e flexibilidade são cada vez mais importantes para termos sucesso nesse mundo que não para de mudar, em especial quando você diz que tudo pode e deve ser cíclico. Não podemos ser aversos a esses ciclos, eles fazem parte da vida. Já faz alguns anos que estudo sobre o pensamento sistêmico que diz exatamente isso. Tudo está inter-relacionado, direta ou indiretamente, e essas relações formam ciclos que se integram uns aos outros formando estruturas bastante complexas para entendermos. Na verdade, muitos estudiosos afirmam que o ser humano não é capaz de entender toda a complexidade que está a sua volta, precisamos saber como separar aquilo que é realmente relevante para mantermos foco. Ou seja, é preciso observar o comportamento da floresta como um todo ao invés de olharmos algumas poucas árvores. Todo processo de mudança precisa ser sistêmico, precisa envolver os pontos mais relevantes, não adianta fazer mudanças periféricas e esperar que o núcleo mude, precisamos focar no núcleo, nas mudanças fundamentais.
    Acredito que o pensamento sistêmico não pode ser ensinado por teorias, mas somente pela prática. Por isso, quando montamos nosso programa de certificação em pensamento sistêmico (http://www.visaosistemica.com.br), focamos exclusivamente em casos práticos, que são realmente práticos, pois são casos do próprio participante.

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