quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CITAÇÃO DO DIA


As Nossas Dependências



Coisas há que dependem de nós - e outras há que de nós não dependem. O que depende de nós são os nossos juízos, as nossas tendências, os nossos desejos, as nossas aversões: numa palavra, todos os atos e obras do nosso foro íntimo. O que de nós não depende é o nosso corpo, a riqueza, a celebridade, o poder; enfim, todas as obras e atos que de maneira nenhuma nos constituem.
As coisas que dependem de nós são por natureza livres, sem impedimento, isentas de obstáculos; e as que de nós não dependem são inconsistentes, servis, susceptíveis de impedimento, estranhas.
Tem em mente, portanto, o seguinte: se avalias livre o que por natureza é servil, e julgas decente para ti o que te é estranho, sentir-te-ás embaraçado, aflito, inquieto - e em breve culparás os Deuses e os homens. Mas se crês teu o que unicamente é teu, e por estranho o que efetivamente estranho te é, então ninguém te poderá constranger, nem tão pouco causar embaraços; não atacarás ninguém, a ninguém acusarás, nada farás contra a tua vontade; prejudicar-te, ninguém te prejudicará; e não terás um só inimigo - e prova disso é sobre ti a ausência de qualquer dano.

Epicteto, in 'Manual'

Roma Antiga
[55-135]
Filósofo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT


Fonte Livro: CHIAVENATO, Idalberto. GESTÃO DE PESSOAS: e o novo papel dos recursos humanos nas oganizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 – 9ª. Reimpressão

"O termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi cunhado por Louis Davis, na década de 1970, quando desenvolvia um projeto sobre desenho de cargos. Para ele, conceito de QVT refere-se à preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas. Alguns autores europeus desenvolveram outras conceituações dentro da abordagem sociotécnica e da democracia industrial. Atualmente, o conceito de QVT envolve tanto os aspectos físicos e ambientais, como os aspectos psicológicos do local de trabalho. A QVT assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciadores sobre a produtividade e a qualidade.
A QVT tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e o grau de satisfação das pessoas que desempenham o trabalho. O conceito de QVT implica profundo respeito pelas pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas, que participem ativamente nos trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas contribuições. A competitividade organizacional – e obviamente, a qualidade e produtividade – passa obrigatoriamente pela QVT. Para bem atender o cliente externo, a organização não deve esquecer o cliente interno. Isso significa que para satisfazer o cliente externo, as organizações precisam antes satisfazer os seus funcionários responsáveis pelo produto ou serviço oferecido. Como diz Claus Möller, consultor dinamarquês: 'coloque os empregados em primeiro lugar e eles porão os consumidores em primeiro lugar'. A organização que investe diretamente no funcionário está, na realidade, investindo indiretamente no cliente. A gestão da qualidade total nas organizações depende fundamentalmente da otimização do potencial humano. E isso depende de quão bem as pessoas se sentem trabalhando na organização. A QVT representa o grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização."

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MOTIVAÇÃO?


MOTIVAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA?

FONTE-Livro: Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações/ Idalberto Chiavenato. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 – 9ª. Reimpressão.

"Desafortunadamente, as organizações utilizam mais a punição do que a recompensa para alterar ou melhorar o desempenho das pessoas. Em outros termos, elas utilizam mais a ação negativa (repreender ou punir) do que a ação positiva (incentivar e motivar). Para piorar as coisas, utilizam mais a ação corretiva (tentar corrigir, posteriormente) do que a ação preventiva (evitar antecipadamente futuros erros).

terça-feira, 31 de agosto de 2010

REFLEXÕES


As Qualidades dos Outros


Devido ao homem ter tendência para ser parcial para com aqueles a quem ama, injusto para com aqueles a quem odeia, servil para com os seus superiores, arrogante para com os seus inferiores, cruel ou indulgente para com os que estão na miséria ou na desgraça, é que se torna tão difícil encontrar alguém capaz de exercer um julgamento perfeito sobre as qualidades dos outros.
Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'


Confúcio
China Antiga
[-551--479]
Sábio

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aprendizagem Organizacional

Fonte: Peter Senger, Livro: Quinta Disciplina


SENGE (2002) converte as diferentes instituições em profícuas e verdadeiros locais onde se aprende e todos são aprendizes, as “learning organization”. Afirma que o progresso das instituições tem mais a ver com a capacidade de aprender dos indivíduos, do que com os recursos materiais, naturais ou com as competências tecnológicas. Mas  para que escolas, famílias, empresas, se constituam em “learning organization” é necessário que aprender não signifique reproduzir comportamentos ou memorizar conteúdos determinados, mas antes se constitua capacidade de reflexão e conseqüente  autotransformação.

Neste sentido, para mudar as escolas, as coletividades, as famílias, etc., é  preciso que as mudanças necessárias não ocorram apenas nas organizações, ou em cada outro que está ao nosso lado, mas dentro de cada um de nós. “Temos uma profunda tendência para ver as mudanças que precisamos efetuar como estando no mundo exterior, não no nosso mundo interior.” (SENGE, 1990/1998, p. 23).

terça-feira, 3 de agosto de 2010

DINÂMICA DE GRUPO - SUGESTÃO


AMNÉSIA

Material utilizado: Etiquetas adesivas e canetas

Procedimentos:

a) Distribua etiquetas adesivas em branco, com o papel protetor. Peça para cada participante escrever o nome de uma pessoa bem conhecida, já falecida, em sua etiqueta.
b) Peça que coloquem (grudem) a etiqueta na testa de outra pessoa sem que esta veja o que está escrito.c) Explique que todos estão sofrendo de amnésia, e não conseguem se lembrar de quem são. Convide-os a circularem entre os colegas tentando descobrir quem são unicamente através de perguntas que possam ser respondidas com "sim" ou "não".d) Ponha em discussão a dificuldade do exercício, e até que ponto as perguntas os impediram de serem mais eficientes.
Comentário: Este jogo é uma variação de rótulos.
Variações:
a) Enquanto os participantes circulam, sugira que se comportem como fariam diante daquela pessoa (exagerando, se quiserem);
b) Use pessoas vivas, personagens fictícios (da literatura, do cinema), astros da TV ou qualquer outra categoria que o grupo inventar;c) Use etiquetas preparadas antecipadamente;d) Embaralhe as etiquetas e aplique-as você mesmo;e) Use etiquetas indicando estados de espírito (alegre, cínico, etc);f) Deixe os participantes usarem perguntas abertas (desde o início, ou a partir de um certo momento).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

PENSAMENTOS E REFLEXÕES

Apenas Conhecemos Fragmentos dos Outros



Autor: Arthur Schnitzler, in 'Observação do Homem'

Quando te encontras na base de um importante maciço montanhoso, estás longe de conhecer toda a sua diversidade, não tens nenhuma ideia das alturas que se ergueram por trás do seu cimo ou por trás daquele que te parece ser o cimo, não suspeitas nem o perigo dos abismos nem os confortáveis assentos ocultos entre os rochedos. É apenas se sobes e se persegues o teu caminho que se revelam pouco a pouco a teus olhos os segredos da montanha, alguns que esperavas, outros que te surpreendem, uns essenciais, outros insignificantes, tudo isso sempre e unicamente em função da direção que tomares; e nunca te revelarão todas.
O mesmo acontece quando te encontras diante de uma alma humana.
Aquilo que se te oferece ao primeiro olhar, por mais perto que estejas, está longe de ser a verdade e certamente nunca é toda a verdade. É apenas no decurso do caminho, quando os teus olhos se tornam mais penetrantes e nenhuma bruma perturba o teu olhar, que a natureza íntima dessa alma se revela a pouco a pouco e sempre por fragmentos. Aqui é a mesma coisa: à medida que te afastas da zona explorada, toda a diversidade que encontraste no caminho se esbate como um sonho, e quando te voltas uma última vez antes de te afastares, vês apenas de novo esse maciço que te surgia falsamente como muito simples, e esse cimo que não era o único que existia.
Apenas a direção é realidade; o objetivo é sempre ficção, mesmo quando alcançado - sobretudo neste caso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

CONSULTORIA E MUDANÇA


Mudança Organizacional

Fonte:
Livro: – Consultoria-um guia para a profissão
Autor: M. Kubr

"A mudança em organizações está vinculada à mudança nas pessoas e há muitas influências que atuam em ambas as direções – as organizações influenciam as pessoas e essas influenciam o desenvolvimento das organizações. Um consultor de organização competente precisa estar cônscio desses relacionamentos complexos e, em particular, saber como abordar diferentes situações de mudança. Assim, este tema é especialmente importante no que se refere à compreensão da natureza e dos métodos de consultoria.
É claro que as pessoas são caracteristicamente adaptáveis e, se não têm nenhuma alternativa, poderão conviver por um longo período com uma mudança qualquer que absolutamente não prezam. Porém esse não é o propósito da consultoria. Consultores de organizações deveriam aspirar por mudanças que tornassem as empresas mais efetivas e que, ao mesmo tempo, fizessem do trabalho algo mais interessante e satisfatório para as pessoas."



sexta-feira, 9 de julho de 2010

MARKETING TURÍSTICO - PREPARE-SE PARA COPA DE 2014

Marketing Turístico


Fonte: Livro Marketing Turístico
Autor: Dóris Ruschmann

O produto turístico difere, fundamentalmente, dos produtos industrializados e de comércio. Compõe de elementos e percepções intangíveis e é sentido pelo consumidor como uma experiência. Por isso, é preciso defini-lo e conhecer suas características a fim de poder elaborar um plano de marketing e a conseqüente comunicação publicitária e promocional adequada.

Definição e Componentes

Dentro do enfoque de que o marketing é um conceito voltado para o consumidor, os componentes do produto turístico devem ser examinados sob o ponto de vista dele. Para o turista, o produto engloba a experiência completa, desde o momento que sai de casa para viajar, até o retorno.

O produto turístico, portanto é “a amálgama de elementos tangíveis e intangíveis, centralizados numa atividade específica e numa determinada destinação, as facilidades e as formas de acesso, das quais o turista compra a combinação de atividades e arranjos.” (Medlik e Midleton)

David Jeffries descreve o produto turístico como um pacote turístico que inclui as atrações, as facilidade, os transportes etc, e afirma que todos os turistas compram pacotes, quando viajam por intermédio de uma agência ou não.

Um assento no avião ou uma cama no hotel podem ser produtos individuais para os produtores, porém para os turistas, são elementos ou componentes de um produto total.

Portanto, os componentes do produto turístico, do ponto de vista do consumidor, são as atrações do núcleo receptor, as facilidades que são oferecidas ao turista, e as vias e meios de acesso.

 ATRAÇÕES: inclusive a imagem que o turista tem delas, podem ser definidas como os elementos do produto turístico que fazem com que o turista escolha uma destinação, ao invés de outra. Sua importância é fundamental, pois constituem a matéria-prima sobre o qual o núcleo se organiza. Referem-se ao ambiente natural, cultural e também aos eventos do núcleo.

 FACILIDADES: são elementos do produto turístico que, por si só, não geram fluxos turísticos. A falta delas, porém, pode impedir o turista de visitar as atrações. Elas integram as atrações, contudo, raramente, constituem a causa do direcionamento para determinada região; elas são seu complemento. Assim, a falta de facilidades de acomodação constitui um empecilho óbvio para o turismo, enquanto que um hotel, favoravelmente localizado, pode valorizar ao máximo um espaço com recursos paisagísticos consideráveis.

A estes aspectos é preciso acrescentar as bases técnicas e materiais do turismo e a infra-estrutura que, além dos alojamentos e serviços prestados, direta ou indiretamente, inclui um serviços perfeito de informações aos turistas. Em sua essência, este componente determina a viabilidade e o valor econômico do produto turístico e pode ser descrito como determinante para o êxito do turismo em um país, região ou localidade.

 ACESSOS: relacionam-se com as vias e os meios de transporte disponíveis, para que os turistas possam se locomover até a destinação escolhida. –Nos dias atuais, já se exige a aplicação da lei de acessibilidade para pessoas com deficiência física e dificuldades motoras de locomoção (ex.:Pessoas Idosas).- São integrantes da infra-estrutura do núcleo receptor e, na opção por determinado local, juntamente com os custos total da viagem, que somente poderá representar uma parcela menor à medida que o tempo de permanência no local for maior, ou seja, uma permanência maior de tempo dilui os custos de transporte. Tal aspecto é importante no contexto brasileiro onde, em geral, as regiões turísticas estão a longas distâncias dos principais pólos emissores.

Franklin Adjuvon ressalta outro componente do produto turístico – a herança cultural de um povo. É constituída de fatores inerentes, de hábitos ou lendas instituídas pelo homem e que se difundiram, consciente ou inconscientemente, numa sociedade, através dos anos, de tal forma que delinearam seu estilo de viver, as formas de morar, as lendas e os monumentos. Outros autores a situam como parte integrante das atrações de um núcleo, porém, julgamos importante ressaltá-lo, pois se trata de importante suporte para o turismo, uma vez que o desejo e conhecer os usos e costumes de um povo constituem uma importante motivação das viagens turísticas. Os Conhecimentos do etilo de vida dos autóctones (aquele que é natural de uma dada região; aborígene, indígena, silvícola), seus eventos sociais e culturais são, às vezes inesquecíveis e fator de intensa satisfação para os turistas.

É preciso, entretanto, que a autenticidade e a privacidade das populações visitadas sejam preservadas e não se transformem num ‘show vulgarizado’, destruído pelo turismo.

Cada destinação tem um ou vários produtos para oferecer aos turistas. Em cada uma das destinações (país, região, local), o turista escolhe o que pretende ver, as atividades, e os serviços de que se utilizará durante sua estada.

Os componentes do produto turístico devem ser desenvolvidos adequadamente, a fim de atrair turista de mercados potenciais específicos e criar uma imagem positiva da destinação. Este desenvolvimento somente acontece após o estudo do mercado real e potencial e a definição acurada do potencial turístico de um local, região ou país.

Em termos de demanda, envolve a análise e a avaliação das necessidades e exigências dos consumidores e a identificação de grupos homogêneos para um produto turístico específico. No que se refere à oferta, é preciso avaliar os componentes do produto turístico e identificar o conjunto de elementos que serão oferecidos à clientela de uma destinação.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pensamentos e Reflexões

A Opinião Distorce a Realidade

O que perturba os homens não são as coisas, e sim as opiniões que eles têm em relação às coisas. A morte, por exemplo, nada tem de terrível, senão tê-lo-ia parecido assim a Sócrates. Mas a opinião que reina em relação á morte, eis o que a faz parecer terrível a nossos olhos. Por conseguinte, quando estivermos embaraçados, perturbados ou penalizados, não o atribuamos a outrem, mas a nós próprios, isto é, às nossas próprias opiniões.

Epicteto, in 'Manual'