quinta-feira, 6 de agosto de 2009

COOPERAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

PORQUE NÃO A COOPERAÇÃO?

Cíntia Peixoto

No mercado empresarial existem dois tipos de competições; uma com a concorrência entre empresas (público externo) e outra dentro da própria empresa (entre as pessoas e os departamentos). O mais sério, provavelmente, é a competição entre o público interno, porque coloca a organização frente ao risco de se desestabilizar em função de ações antagônicas.
Para exemplificar vamos colocar o nosso corpo com se fosse uma organização: “Já imaginaram se o nosso coração se recusa a bombear o sangue para atingir as regiões mais periféricas de nosso corpo? E se alguma célula neurológica resolver ter uma atitude egoísta de não transmitir que estamos sentindo dor, só porque ela se acha melhor do que as células musculares? Seria um caos, que levaria o nosso corpo à falência.”
O mesmo acontece com uma organização, tudo depende mais da cooperação, da integração das diversas áreas, para que a sua saúde prevaleça, e conseqüentemente, a saúde de todas as “células’ (pessoas) que a compõem.
Uma situação de competição entre funcionários e departamentos, que geralmente pode ser originada dos conceitos arraigados construídos ao longo dos anos, deve ser tratada com cautela e discernimento. A competição perniciosa propicia ao mau hábito de não cooperação, podendo levar ao travamento de informações internas, diminuindo a agilidade da produtividade e de decisões. Existem alguns profissionais, que ainda acham que competir traz motivação e produtividade. Talvez isso seja uma verdade inicial, mas com o tempo o ambiente emocional se desgasta e começa a ter efeito contrário. Com excesso de estímulo egoísta, a postura profissional passa a ser auto-centralizadora, inclusive em relação à empresa em que trabalha. O que gera outros efeitos colaterais no ambiente como, uma comunicação ineficiente, estresse emocional, centralização e o bloqueio do aprendizado.
Normalmente, não se tem o costume de parar para refletir que todos nós somos parte de um todo, como empresa, mercado, sociedade. Ao se pensar assim, passa-se a privilegiar uma visão de mais integração, uma visão sistêmica. Nesse ponto de vista, pode-se notar que a competição entre as pessoas é mais destrutiva que costumamos perceber. Contribuir para um ambiente de trabalho mais harmonioso, consciencioso, cooperativo, onde as pessoas procuram pensar mais no grupo em que está inserido é o ideal.
A cooperação é essencial para que possamos crescer interiormente, pois esta atitude “puxa” outras, como a dedicação, a visão holística dos processos, a fraternidade e, porque não, o amor. Tudo isso faz parte da essência da cooperação. Para facilitar o ato de cooperar é preciso buscar pensamentos mais altruístas, evitando sempre a comparação e de se sentir superior em relação aos colegas. É difícil? É sim. Demanda de exercícios diários bem orientados, de agir com muita vontade de transcender os modelos mentais, e mudar as perspectivas interiores. O importante é o amadurecimento das idéias de cooperação, e de compreensão em perceber a empresa como um todo que precisa de uma consciência grupal mais sadia. É possível adotar soluções mais inteligentes e maduras para os desafios entre as pessoas, além das boas oportunidades em aprender novas atitudes. A organização que possui pessoas com capacidade desenvolvida para a cooperação será capaz de aprender mais com o seu ambiente interno e externo, evoluindo para um patamar mais elevado da administração. Refletir é preciso. Se abrir para uma visão mais ampla, também.
Inicialmente, a chave de tudo nos parece ser a velha conhecida e pouco praticada BOA VONTADE.

2 comentários:

  1. Bom dia
    Gostei muito do seu blog, achei em uma comunidade do Orkut, e como sou Gerente de uma empresa e vou fazer Pós de gestão de pessoas seu blog é muito criativo
    Parabéns

    Andrea Oliveira

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  2. Andrea, muito obrigada por sua visita. Fique à vontade para dar sua contribuição com textos, artigos que podem estar relacionados com o Blog. Torne uma seguidora e acompanhe as novidades.
    Um abraço!

    Cíntia Peixoto

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